O Brasil é o oitavo país do mundo em número de internautas (40,5 milhões), que passam em média 26,4 horas por mês na web, segundo a ComScore, empresa de monitoramento de internet. Os brasileiros ultrapassam a média mundial (22,6) e a média da América Latina (24,3) em número de horas plugados a cada mês.
A utilização da internet fica mais concentrada nas buscas e navegação em geral, e também nas redes sociais. No Brasil, o Orkut
é ainda o campeão em número de visitantes únicos (32,41 milhões em
fevereiro/2011) mas cresceu apenas 2,85% em seis meses, enquanto o Facebook experimentou por aqui estrondosos 65,7% de crescimento — 45,5% apenas nos dois primeiros meses de janeiro deste ano.
Empresas brasileiras devem
aproveitar esse apetite nacional pela internet, prestando atenção em
algumas tendências ligadas ao consumo.
1. Mobile + social + local
O celular será nossa porta de
entrada para o mundo. Cada vez mais, aplicativos facilitarão a
comunicação, as transações comerciais, a integração com as redes
sociais, a busca por informações locais e o georreferenciamento.
Quase 45% dos usuários brasileiros usam o celular para acesso à web, segundo estudo da e.Life. Um ano atrás, eram somente 34%. O índice tende a aumentar com base em dois fatos:
Fato número 1: as vendas de smartphones e tablets serão maiores, este ano, do que a de latptops e PCs.
Fato número 2: já começaram a surgir redes sociais baseadas unicamente no celular, como a Path e a Color, cujo intento é estimular as pessoas a compartilhar momentos em tempo real colocando fotos online.
As empresas que não desenvolverem plataformas mobile para seus produtos e serviços podem ficar para trás.
2. As pessoas escolherão o conteúdo que querem consumir
Crescerá o valor da curadoria,
ou seja a capacidade para selecionar o que interessa dentro de um mar de
conteúdos gerados por qualquer pessoa. A quantidade de informações hoje
na web torna essa tarefa indispensável, apesar de ser complexa e exigir
competências como foco e discernimento.
3. Tecnologia = pessoas + conectividade
Somos o “homo conectus”. Não existe mais separação entre online e offline. As pessoas querem estar conectadas 24 horas por dia, 7 dias por semana,
e usarão todos os recursos para isso – de lan houses a iPhones (o que
significa que mesmo as classes sociais menos abonadas dão um jeito).
Isso também leva a um
compartilhamento cada vez mais intenso, às vezes sem que as pessoas
pensem em privacidade e sem lembrar que a memória do Google e de outras
ferramentas de busca é indelével.
4. As empresas se preocuparão mais com o feedback social e o consumo de nicho
O que as pessoas buscam online?
Comunicação, conexão, entretenimento e educação/cooperação. Redes
sociais de nicho, sobre temas específicos, tendem a prosperar porque
reúnem todos esses elementos.
Empresas tendem a reforçar sua presença em canais como
YouTube e
Flickr,
a fim de compartilhar conteúdo que tenha viés de entretenimento também,
com isso chamando mais a atenção dos consumidores. Compartilhar
conhecimento e oferecer conteúdo e aconselhamento de graça é outro forte
fator de sucesso para as empresas em sua presença nas mídias
sociais. Para terminar, um último ponto: se a internet é natural para as
pessoas, também deve ser para as empresas.
* Retirado do site Exame.com, escrito por Mariela Castro