A Geração Y deu origem a um novo perfil de consumidor. Durante o HSM
Management, em São Paulo, Jorge Kodja, Diretor da TNS Research
International, apresentou o resultado da pesquisa TRU Study, feita com
1.500 jovens nascidos entre 1980 e 1990. No Brasil, esse grupo
representa 14% da população, com 32 milhões de pessoas.
Apesar da forte presença das tecnologias na vida dos consumidores Y,
43% deles pertencem à classe C. Ainda assim, os gastos anuais dos jovens
aficionados por TV e internet atingem a marca de R$ 32 bilhões. O
perfil deles pode ser baseado em comportamento, mas poucas companhias
conseguem desenvolver uma estratégia efetivamente voltada somente para
este grupo.
Em média, os consumidores Y gastam até R$ 49,00 por semana. Se
olharmos para o sudeste, veremos a região com o maior ticket médio do
país com relação aos valores semanais de consumo, com R$ 54,00. No
nordeste o número chega a R$ 31,00. Apesar disso, o dinheiro provém dos
pais em 76% dos casos, contra 16% dos que trabalham nesta idade.
Conflito de gerações
Não importa de onde vem o dinheiro. A pesquisa aponta que os principais
gastos destes consumidores são roupas e acessórios, higiene e beleza, e
só depois a diversão. O sinal de novos tempos surge quando a Geração Z,
os filhos dos consumidores Y, que preferem sair com seus pais ou fazer
atividades em família do que estar entre amigos. “Oitenta e quatro por
cento dos pesquisados preferem estar com seus familiares na hora do
lazer”, afirma Jorge Kodja, Diretor da TNS Research International.
Essa geração nasceu entre os anos 1990 e 2000 e o Z é principalmente
por conta do “zapear”. Ou seja, varia de perfil de consumo com
facilidade. Outro forte elemento presente no dia a dia dessa geração são
as redes sociais. Se por um lado é preciso que os pais se preocupem com
os crimes na web, por outro, o alívio é grande ao saber que a pesquisa
aponta os jovens de hoje como menos transgressores.
Além disso, os jovens de hoje estão mais tolerantes e menos
preconceituosos. Prova disso é que para 95% dos que responderam ao
estudo da TNS, os idosos merecem respeito. Do total, 80% têm amigos de
outras raças e 40% mantém amizade com pessoas com outra orientação
sexual. Por outro lado, não há novidades sobre o canal que eles preferem
usar para obter informações. A TV ainda é o principal já que 84% deles
citaram o aparelho, contra 43% que preferem a internet”.
Hábitos de consumo e comportamento
Para as empresas que atuam em um mercado de produtos voltados para estes
jovens, a boa notícia é para o setor de telefonia. Perguntados sobre o
objeto que possuem em casa, 81% citaram o aparelho celular e 43% o
computador. Entre os sites, o Orkut é acessado por 72% dos que
participaram da pesquisa, apesar do forte crescimento do Facebook.
Definir o consumidor Y é difícil porque as variações podem ocorrer a
qualquer momento, com apenas um clique no mouse. Mas, para atingi-los, é
preciso jogo de cintura e habilidade para saber onde e como
encontrá-los. “Eles são um alvo móvel”, define Kodja.
De acordo com o Diretor da TNS, é possível que estejamos vivendo um
conflito de gerações, já que os mais velhos de hoje invejam as
facilidades e a liberdade dada aos teens. A quantidade de informações
que a geração Z recebe diariamente é muito grande, porém, com pouco
conteúdo, o que pode ser a vantagem dos Y. “Eles obtém informações em
cápsulas. Cada vez mais informação com cada vez menos analise”,
completa.
Acompanhe a transmissão ao vivo do núcleo Geração Y no link: www.hsm.com.br/geracaoy
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